Água Branca


Era uma vez num distante local próximo,
Uma pedra parada a beira de um buraco no centro da estrada,
Indecisa em qual ou que caminho tomar,
Receosa de cair ou ficar,
Decidiu...
Mergulhou e assim...
Viu-se dentro de um poço abandonado,
Repleto de si por todos os lados,
Angustiou-se, mas também fortificou-se.
Alojada em um balde de madeira sentiu-se mais segura.
Esperançosa de sair daquele local escuro que mais parecia um álbum de família,
Foi quando sentiu o estremecer toma-lhe conta.
Na verdade era o estremecer do balde que começava a ser içado.
Uma senhora que havia se perdido e agora sofria por culpa da sede.
Ela admirou-se com a beleza da pedra que morava dentro daquele encardido balde,
Amarronzado pelo ciclo do eterno,
A senhora segurou a pedra com força, colocou-a de lado enquanto matava o sedento desejo.
Levou a pedra ate sua casa,
Limpou-a e deu-lhe espaço na sua caixinha...
Toda noite contava-lhe segredos...
Assim descobria coisas suas e sentias com verdade
Coisas que o tempo de desejos havia sido encoberto pela poeira dos eidos.
Mas que aos pouco a trazia de volta a vida.

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