É minha essa capa amarela. Saio na chuva com minha capa amarela. Minha capa de quarto cabide, fora do quarto me deixa seca e segura. Meus olhos vermelhos são tom inconclusivo... Irrelevante a essa cor que se dispõe de mim.
Deve ser assim, frio assim em quadro quente.
Mas me esqueci...
E assim ninguém desperta tudo isso que eu não chego a ser
Três anos.
Sempre três.
Não sei por que demorei tanto a entender.
A minha condição de quarta cor não interfere na regra sistemática do três, que foge a toda e qualquer lógica de jogo e não distante da regência que lembro não é de justiça que falamos.
O seu trabalho sempre foi cruel e digno. O meu veio inexato as minhas mãos. A historia que ouvi e se reproduz perfeita com personagens dedicados e roteiro genuíno traça inevitável meu destino.
E minha capa amarela me protege da chuva. Crença que cultivei sem culpa alguma. Pois se afinal de contas escondi a luz divina, sufoquei-a ate a morte antes mesmo de nascer.
E ele era uma criança linda... e minha função era fazê-lo amá-lo muito. Quando voltasse... Se um dia esperasse a sua volta.
Um dia ou talvez quinze anos.
Eu sobreviveria a uma cidade proibida.
Mas continuaria dividida... Qual é o meu trabalho nesse novo signo?
Seria culpa da minha aura índigo ou do meu relógio quebrado?
Atraso...não me basto distração a este retrato.
Acuso minha sorte de abandono e por descrença...
Falho.
Um pena, uma flor e um giz de cera e elaboro a minha quarta cor... de morte.
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